Hoje eu assisti ao filme 'O Artista' que ganhou um monte de Oscars e você sabe o resto.
Inicialmente não me senti impelido à assistir o dito filme, o fato de ser mudo(antes de ver o filme eu acreditava nisso) e ser em preto e branco não chamaram minha atenção.
O que me fez querer assistir ao filme foi uma crítica feita por Arnaldo Jabor no qual ele dizia não ser fã do filme, indo contra todas as pessoas que vieram a público falar sobre o filme.
Segundo ele, o Artista apresenta uma visão medíocre do cinema antigo e nenhuma crítica ao cinema atual. Disse ainda que o Artista é uma jogadinha que deu certo graças à burrice exagerada das plateias.
Agora eu estava com MUITA vontade de assistir ao filme.
Uggy, le chien e um cara avulso.
Primeiramente gostaria de comentar sobre o fato de ser preto e branco. Acredito que tenha agradado às pessoas pois se trata de uma fotografia elegante, compatível com os anos dourados do cinema, época onde acontece o Artista.
O filme cria um paralelo com a nossa época, embora implícito, pois no filme uma tecnologia nova surge e muda o cenário cinematográfico e do entretenimento no geral.
No período em que se passa o filme, o cinema falado era introduzido e ganhava espaço na medida que o cinema mudo perdia seu lugar. Na nossa época, 2012 eu acho, o cinema 3D cheio de efeitos especiais e cortes rápidos e extremamente comercial ganha cada vez mais destaque.
A história do filme é bem simples, diga-se de passagem MUITO simples, e entendo que tenha desagradado aos cinéfilos mais refinados pois esperava-se um enredo mais elaborado e um pouco de crítica aos padrões atuais.
Gostei da história e achei o trabalho dos atores muito expressivo.
Uggy, le chien garantiu alguns pontos na escala de fofura ao filme.
Embora o filme não critique, a maneira como a história é contada faz a gente não piscar e muitas vezes, pelo menos comigo, acompanhar o ritmo da trilha com o balançar dos dedos e a marcação do ritmo.
A trilha é elemento fundamental na narrativa, característica dos filmes da época.
Os poucos diálogos, alguns inclusive poderíam ser cortados, ajudam a contar melhor a história e são postos em momentos chave no filme, muitas vezes, para auxiliar os mais destraídos.
Conclusão:
Apesar de não ser um filme revolucionário, O Artista conta a história de um Artista de Cinema mudo que se viu desgraçado ante o sucesso do Cinema falado. É uma história gostosa de se assistir e a (quase total) ausência de diálogos torna a experiência mais interessante.
O Artista é um bom filme, mas não um filme inteligente que te faz questionar os valores e blablabla. O filme é uma história contada de uma maneira diferente da que vemos hoje em dia.
Quer assistir um filme com a namorada, veja O Artista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários relevantes são sempre bem-vindos!Só os relevantes!