Private Eye e um mundo sem internet

Terminei a leitura do volume 1 (Issue One) de The Private Eye.

A história se passa no ano de 2076. Em algum lugar no passado (da história), "A Nuvem explodiu", deixando as informações de todos expostas à todos.
A sociedade no passado( da história, que acredito somos nós) expunha sua privacidade de maneira espontânea e constante para quem quer que fosse.
Em teoria.
Na verdade traições, trapaças, crimes e todo o tipo de sujeira eram varridos pra debaixo do tapete.
Soa familiar?
Após a explosão d'A Nuvem as pessoas passaram a supervalorizar sua privacidade, ao ponto de que muitos não saem de casa sem vestir uma máscara, como na imagem acima.
Nesse mundo onde a privacidade vale ouro, disfarces dos mais variados surgem, para proteger a identidade de seus donos. Assim sendo, descobrir a identidade de alguém se torna um trabalho valiosíssimo e muito perigoso. Eis que chegamos à Patrick Immelman, paparazzi e protagonista da história.

Sonheiro?

Brian K. Vaughan, Marcos Martin e Muntsa Vincente assinam essa HQ.
Optaram por distribuí-la digitalmente através de seu site Panel Syndicate sem preço fixo.
Fica a cargo do leitor estipular o preço da obra.
Os downloads são DRM-Free, isto é, não há restrição para número de aparelhos onde se pode ler a HQ.
O projeto tem previsão para 10 edições, todas financiadas pelos criadores, sem patifaria de Crowd funding.

A primeira edição, como era de se esperar, nos situa nesse mundo pós-internet e mostra algumas pontas soltas da narrativa que devem ser presas dentro das próximas edições, ao mesmo tempo que te faz questionar a superexposição que vivemos diariamente.

Para finalizar, abaixo segue o diálogo que me trouxe mais introspecção. Patrick conversa com seu avô, já meio gagá, sobre o porque de seu telefone celular não funcionar mais, e explica como a sociedade ficou tão bizarra.
Segure-se, e clique na imagem para ampliá-la.

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